Acidente em Pitangui: Condutora do veículo permanece presa após audiência de custódia

Emanuelle Felismino Leal, de 33 anos, condutora do veículo envolvido no atropelamento que resultou na morte de Leandro Barros Quintaliano, de 41 anos, na Praia de Pitangui, continuará presa.
A decisão foi tomada pelo juiz responsável pela audiência de custódia realizada no último domingo, dia 2 de março de 2025, que converteu a prisão em flagrante em preventiva, seguindo a recomendação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN).
Durante a audiência, Emanuelle negou ter consumido álcool antes do acidente, ocorrido no dia 1 de março, durante o Carnaval. No entanto, os resultados dos testes de bafômetro contradisseram sua versão.
O primeiro teste apontou 0,62 mg/l de álcool no organismo, enquanto o segundo registrou 0,56 mg/l, ambos acima do limite permitido pela legislação brasileira, que é de 0,34 mg/l.
Em sua defesa, Emanuelle afirmou: "Fui deixar um amigo meu na parada e, voltando pela beira da praia, tem um local que é bem escuro. Mas não estava bebendo... Vi um grupo que já estava perto, tentei frear, não consegui, tentei desviar...".
A condutora também alegou que o local do acidente era mal iluminado, o que dificultou sua visão.
Prisão preventiva mantida
O juiz responsável pela audiência de custódia decidiu pela conversão da prisão em flagrante em preventiva, seguindo as recomendações do MPRN. Em seu parecer, o Ministério Público destacou a gravidade do caso, a comoção social gerada e o risco à ordem pública.
O magistrado justificou a decisão afirmando que a medida é necessária "até mesmo para a segurança dela", considerando a repercussão do caso e a possibilidade de reações da comunidade.
O MPRN argumentou que a conduta de Emanuelle, aliada ao estado de embriaguez e à alta velocidade, configura indícios de homicídio doloso, e não culposo, como inicialmente registrado pela polícia.
O promotor responsável pelo caso reforçou que a prisão preventiva é essencial para garantir a segurança coletiva e evitar novos incidentes.
Repercussão e desligamento
Emanuelle Felismino Leal, conhecida como Manu do Esporte, era funcionária terceirizada da Secretaria de Esportes de Extremoz.
Após o acidente, a prefeita Jussara Sales emitiu uma nota lamentando o ocorrido e informou que solicitou o desligamento imediato da funcionária à empresa responsável pelo contrato.
O caso segue sob investigação, e Emanuelle aguarda julgamento. A morte de Leandro Barros gerou comoção na comunidade de Extremoz e Pitangui, onde o jovem era conhecido por sua personalidade alegre e solidária.
Amigos e familiares organizaram homenagens em sua memória, enquanto aguardam justiça pelo trágico ocorrido.
O acidente reforça a importância de campanhas de conscientização sobre os perigos de dirigir sob efeito de álcool, especialmente durante festividades como o Carnaval, quando o fluxo de veículos e pedestres aumenta consideravelmente.
A decisão judicial de manter Emanuelle presa reflete a gravidade do caso e a necessidade de medidas rigorosas para coibir condutas irresponsáveis no trânsito.
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